Tudo sobre o queijo Gruyère

Mesmo sem coroas ou tapetes vermelhos, o rei dos queijos merece ter um artigo falando somente dele. Apesar do nome estranho e difícil de pronunciar, o queijo Gruyère, o mais consumido da Suíça, vem nos mostrar sua história e nos contar o porquê ele já foi considerado o melhor queijo do mundo. Confira!

Fonte: https://goo.gl/1xMFjk

Quando algo é muito bom, de alguma forma ele é copiado.  Esse é o resumo da vida de um queijo muito famoso na Suíça, o Gruyère. Com uma herança de 901 anos, o queijo Gruyère é considerado um verdadeiro rei em seu país, por isso é fabricado seguindo o máximo de exigências – algo comum no universo dos queijos artesanais.

Sendo o queijo mais consumido da Suíça, o Gruyère já conquistou o título de melhor queijo do mundo. Feito de leite de vaca cru e sem a adição de conservantes, toda esta fama é justificada por seu intenso sabor e textura marcante. Mas ainda existem alguns mitos e inverdades que insistem em rondar a trajetória deste queijo ao redor do mundo. Confira!

COMO SURGIU O REI DOS QUEIJOS?

Descoberto somente em 1602, o reinado do queijo Gruyère começou em 1115, quando o primeiro conde do vilarejo de Gruyères, fundou seu primeiro monastério a favor da fabricação do tal queijo. Em uma época livre de geladeiras e conservantes, produzir queijo era uma questão de sobrevivência, já que ninguém estava disposto a desperdiçar o tão nutritivo leite.

COMO O QUEIJO GRUYÈRE É PRODUZIDO?

As primeiras produções do Gruyère  surgiram nos pastos e montanhas da região de Friburgo, na Suíça, mas hoje já se espalha por outros estados suíços, como Vaud, Jura, Neuchâel e 3 distritos de Berna.

Já deixamos bem claro que para fabricar este queijo, é necessário utilizar leite cru e não adicionar nenhum tipo de conservante, no entanto, não é tão simples assim! Antes mesmo de ser produzido, as próprias vacas são alimentadas de formas naturais, eliminando qualquer componente químico da sua dieta, isso inclui pastagens livres de agrotóxicos e outros fatores que possam influenciar na hora do ordenha.

Sendo matéria-prima e responsável por toda mágica, o leite recebe um tratamento especial antes de ser transformado em queijo. Em sua fermentação, adiciona-se um produto natural vindo diretamente do estômago do bezerro. Em seguida, acrescenta-se coalho, enzimas para ajudar na fermentação e formação do queijo.

Além de toda concentração exigida, o tempo de amadurecimento é outro fator essencial, sendo necessário maturá-lo até no mínimo cinco meses, este processo ainda recebe temperatura controlada de até 14ºC. O segredo está exatamente no tempo de maturação, quanto mais tempo ficar guardado em cavernas, mais vibrante será seu sabor, assim como os próprios vinhos eles também precisam de tempo para alcançar o melhor ponto.

AFINAL, O QUEIJO GRUYÈRE TEM BURACOS?

Não. O autêntico queijo Gruyère não possui orifícios ou olhaduras, como chamados os pequenos buracos que se desenvolvem no interior do queijo. Com certeza, você já viu um “tipo Gruyère” sendo comercializado em países como a França e o Brasil, mas não se esqueça que estes queijos são considerados até mesmo desqualificados pelo rigoroso processo de qualidade da Suíça.

Vale lembrar também que, de acordo com o certificado AOC (Appellation d’Origine Contrôlée), o queijo apenas pode receber o nome caso seja produzido em determinadas áreas geográficas do país. Apesar de ser uma disputa geográfica de  nomenclaturas, as demais imitações são fabricadas com base na receita, mas não seguem o padrão suíço, por isso seus queijos possuem orifícios.

E foi exatamente por isso, que em 2001, o queijo Gruyère recebeu a Denominação de Origem Controlada (DOC), tornando exclusivo o padrão de qualidade e dependendo a autenticidade do queijo suíço.

COMO CONSERVAR O QUEIJO GRUYÈRE?

Você não pode tratar um rei de qualquer maneira, então deve-se levar em consideração algumas exigências para manter o Gruyère a salvo em sua casa. Não se esqueça então que, após 16 meses, este queijo fica duro e perde suas características, tornando-se até mesmo impróprio para o consumo. Mas se você acabou de receber a realeza em sua casa, recomenda-se mantê-lo em uma temperatura ambiente de até 20 graus.

Agora que esclarecemos a verdadeira identidade do queijo Gruyère, estamos mais tranquilos e convictos que não vai se enganar mais. Então se tiver a oportunidade de experimentar o “rei dos queijos”, conte-nos como foi sua experiência!