Cerveja Feminista
Talvez um dia você vai entrar num bar e, ao invés de pedir qualquer cerveja comum, resolva pedir uma bebida especial: como a Cerveja Feminista. Se você está cansado de anúncios onde mulheres estão sempre com biquínis, etc, sem relevância alguma, desligue a TV e venha conhecer um produto que foi lançado no mercado para protestar contra todo o tipo de machismo!
Você já ouviu falar da Cerveja Feminista?
Os comerciais são quase sempre os mesmos: mulheres de biquínis, sensuais, em praias, nos bares, representando marcas de cerveja, a mercê dos olhares masculinos, presenciando corpos perfeitos, com uma beleza inacreditável. Este foi o segmento publicitário encontrado por várias empresas do ramo, a forma de oferecerem seus produtos estão acompanhadas de mulheres seminuas. E esta é uma realidade no Brasil, tornando-se um estereótipo, onde mulheres são representadas pelos seus corpos em comerciais de cerveja, sem oferecerem algum conteúdo relevante.
Entretanto, o inconformismo contra isso encontrou uma válvula de escape – em resposta a algumas propagandas recentes, veiculadas por determinadas marcas de cervejas – e o público feminino resolveu revindicar. A melhor forma encontrada foi criar uma Cerveja Feminista, com o propósito de reverter todo o machismo envolvendo a figura da mulher nos comerciais de cerveja.
A proposta partiu de três publicitarias, Thais Fabris, Larissa Vaz e Maria Guimarães, que aderiram a esta causa e buscaram, através da sua cerveja, mudar o conceito que a publicidade envolve as mulheres. A Cerveja Feminista, é produzida de forma artesanal com um estilo Red Ale e pode ser consumida por mulheres e também por homens. Sua criação foi necessária, segundo as publicitárias, para gerar uma reflexão do modo que a mulher (principalmente a brasileira) é retratada pela publicidade em geral. Se você ficou interessado, poderá até reservar a sua Cerveja Feminista pelo site oficial.
Aqui no Brasil, poucas pessoas realmente conseguem protestar de maneira proativa a determinadas situações machistas. Nos Estados Unidos, por exemplo, esta preocupação é maior, até mesmo um projeto conhecido como The Representation Project, existe para analisar a maneira que a mídia fala sobre as mulheres. Sabemos que este problema é antigo, e não é somente as marcas de cervejas que abusam neste requisito, mas os tempos talvez estejam mudando e torcemos para que este cenário publicitário consiga ter um pouco mais de criatividade em suas campanhas – e deixem “nossas” mulheres em paz!
